'Uma dança entre a Arte e a Dor'

Em meio ao julgamento de seus assassinos, Marielle inspira obra de arte em exposição no Rio

Obra Marielle Franco Yaure Iomane
Impressão lenticular 'Marielle Franco Yaure Iomane', por Denis Moreira

O texto de Manuela Thamani, publicado pelo Observatório da Branquitude, reflete sobre o poder da arte como espaço de transformação e resistência diante da dor, tomando como ponto de partida o assassinato de Marielle Franco e a busca por justiça.

Durante o julgamento dos responsáveis pelo crime, a autora visita a exposição "Constituinte do Brasil Possível", no Rio de Janeiro, e encontra na arte um refúgio e uma forma de reelaborar o luto coletivo.

Ela destaca a obra "Marielle Franco Yaure Iomane", de Denis Moreira, como um testemunho da beleza que nasce da dor, e a aquarela de Fênix Valentim, menino negro de 11 anos, que retrata uma festa conduzida por Xangô, com Marielle Franco e Machado de Assis dançando juntos — símbolo de um Brasil justo e reparado.

A curadora Ana Flávia Magalhães Pinto reforça que a mostra propõe "um 14 de maio permanente", revisitando o pós-abolição sob a ótica da liberdade e da imaginação negra.

O artigo conclui que a arte, assim como as pesquisas e ações políticas, é um ato de resistência e esperança, capaz de reimaginar o mundo e inspirar a construção de um futuro menos desigual.

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