Entre arte, educação e justiça racial: os impactos da segunda edição da exposição Constituinte do Brasil Possível

Durante 39 dias aberta ao público, entre 5 de agosto e 26 de setembro de 2025, a segunda edição da exposição mobilizou milhares de pessoas, gerando impacto social e econômico significativo e fortalecendo redes de colaboração e pertencimento.

A mostra recebeu 3.500 visitantes, número obtido a partir de contagem manual, caderno de visitas e formulário de avaliação on-line. Foram registradas 103 respostas que ofereceram dados qualitativos e quantitativos sobre o perfil do público. A maioria era de estudantes menores de 18 anos, seguida por jovens de 18 a 24, adultos entre 25 e 59 e visitantes acima de 60. Em relação à autodeclaração racial, 59 pessoas se declararam brancas, 40 pardas ou negras, 1 indígena e 3 deram respostas diversas (morena, mesclada e branca latina).

A maior parte do público veio do Distrito Federal e entorno — Brasília, Guará, Taguatinga, Paranoá, Ceilândia, Vicente Pires, Planaltina e Valparaíso — com visitantes também de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

Quanto à ocupação, a predominância foi de estudantes, mas também participaram profissionais do Direito (juízes, desembargadores, advogados e servidores), além de professores, pesquisadores, artistas, comunicadores e profissionais liberais.

Foram realizadas 32 visitas de grupos escolares e institucionais, resultado de parceria com o Justiça Plural, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), totalizando cerca de 1.500 visitantes de escolas e instituições. A exposição também consolidou 41 parcerias institucionais, fortalecendo uma ampla rede de cooperação.

Ações Educativas e Formativas

A programação contemplou atividades de formação, mediação cultural, acessibilidade e articulação com políticas públicas de equidade racial, por meio de encontros, oficinas, mesas e visitas guiadas que aproximaram arte, educação e justiça social.

Entre as ações desenvolvidas destacam-se:

  • Roda de conversa com artistas e curadores voltada a professores e educadores;
  • Oficinas criativas com Emerson Caldas e Pamella Wylla;
  • Visitas institucionais do Ministério da Igualdade Racial, Instituto Rio Branco, UnB, STJ e Fundação Casa de Rui Barbosa;
  • Ações específicas com escolas rurais e assentamentos (Dorothy Stang, Mandela e Alto Interlagos);
  • Participação de turmas de Direito do UniCEUB e de escolas EJA;
  • Intercâmbio cultural com o Lycée Français François Mitterrand;
  • Formação prática com o PNUD e grupos de servidores;
  • Debate e visita acadêmica da UnB, com aula expositiva no espaço da mostra;
  • Bate-papo "Libertando Subjetividades" sobre arte negra e protagonismo;
  • Encerramento do ciclo educativo com a visita da professora Mariléia (UnB);
  • Atividades de acessibilidade e inclusão em parceria com a Associação Pestalozzi.

Impacto de Comunicação

A exposição alcançou ampla visibilidade na mídia e nas redes sociais. Foram registradas 52 inserções espontâneas na imprensa, equivalentes a R$ 5,57 milhões em mídia espontânea, com presença em jornais, revistas, rádios, sites e TV (fonte: Sinopress Sistema de Informações e Notícias).

Nas plataformas digitais, o impacto foi expressivo:

  • Mais de 490 mil visualizações em conteúdos publicados;
  • 175 mil contas alcançadas, com aumento de 20% no número de seguidores;
  • 7,5 mil curtidas, comentários e compartilhamentos;
  • 2,5 mil visitas ao perfil oficial durante o período da mostra.

A segunda edição da "Constituinte do Brasil Possível" reafirma seu papel como um espaço de encontro entre arte, educação e memória política, impulsionando debates sobre reparação, justiça racial e imaginação social para a construção de um Brasil mais plural, consciente e comprometido com o bem viver coletivo.

Imagem da exposição Constituinte do Brasil Possível no CNJ
Imagem da exposição Constituinte do Brasil Possível no CNJ
Imagem da exposição Constituinte do Brasil Possível no CNJ
Imagem da exposição Constituinte do Brasil Possível no CNJ
Imagem da exposição Constituinte do Brasil Possível no CNJ
Imagem da exposição Constituinte do Brasil Possível no CNJ
Imagem da exposição Constituinte do Brasil Possível no CNJ
Ana Araújo/Ag. CNJ